O sino luctuoso
Não lembrará meu fim:
Preces, que o morto afagam,
Não se erguerão por mim!
O filho dos desertos,
O lobo carniceiro,
Ha-de escutar alegre
Meu grito derradeiro!
Oh morte, o somno teu
Só é somno mais largo;
Porém, na juventude,
É o dormi-lo amargo;
Quando na vida nasce
Essa mimosa flor.
Como a cecem suave,
Delicioso amor;
Quando a mente accendida
Crê na ventura e gloria;
Quando o presente é tudo,
E inda nada a memoria!