III.


Mas quando o pranto me sulcava as faces,
Pranto de atroz saudade,
Deus escutou do vagabundo as preces,
Delle teve piedade.
«Armas! — bradaram no desterro os fortes,
Como bradar de um só:
Erguem-se, voam, cingem ferros; cinge-os
Indissoluvel nó.
Com seus irmãos as sacrosanctas juras,
Beijando a cruz da espada,
Repetiu o poeta: — Eia, partamos!
Ao mar!» — Partia a armada.
Pelas ondas azues correndo afoutos,
As praias demandámos
Do velho Portugal, e o balsão negro
Da guerra despregámos;
De guerra em que era infamia o ser piedoso,
Nobreza o ser cruel,
E em que o golpe mortal descia involto
Das maldicções no fel.


IV


Fanatismo brutal, odio fraterno,
De fogo céus toldados,