A fome, a peste, o mar avaro, as turbas
De innumeros soldados;
Comprar com sangue o pão, com sangue o lume
Em regelado inverno;
Eis contra o que, por dias de amargura,
Nos fez luctar o inferno.
Mas de fera victoria, emfim, colhemos
A c’roa de cypreste;
Que a fronte ao vencedor em í­mpia lucta
Só essa c’roa veste.
Como ella torvo, soltarei um hymno
Depois do triumphar.
Oh meus irmãos, da embriaguez da guerra
Bem triste é o acordar!
Nessa alta encosta sobranceira aos campos,
De sangue ainda impuros,
Onde o canhão troou por mais de um anno
Contra invenciveis muros,
Eu, tomando o alaúde, irei sentar-me;
Pedir inspirações
Á noite queda, ao genio que me ensina
Segredos das canções