VIII.


Lavradores, zagaes, descem dos montes,
Deixando terras, gados,
Para as armas vestir, dos céus em nome,
Por phariseus chamados.
De um Deus de paz hypocritas ministros
Os tristes enganaram:
Foram elles, não nós, que estas cáveiras
Aos vermes consagraram.
Maldicto sejas tu, monstro do inferno,
Que do Senhor no templo,
Juncto da eterna cruz, ao crime incitas,
Dás do furor o exemplo!
Sobre as cinzas da Patria, ímpio, pensaste
Folgar de nosso mal,
E, entre as ruinas de cidade illustre,
Soltar riso infernal.
Tu, no teu coração insipiente,
Disseste: — Deus não há!»
Elle existe, malvado; e nós vencemos:
Treme; que tempo é já!