Nenhum padrão recordará aos homens
Seus feitos derradeiros:
Nem dirá: — aqui dormem portugueses;
Aqui dormem guerreiros.»
Nenhum padrão, que peça aos que passarem
Resa fervente e pia,
E juncto ao qual entes queridos vertam
O pranto da agonia!
Nem hasteada cruz, consolo ao morto;
Nem lagea que os proteja
Do ardente sol, da noite humida e fria,
Que passa e que roreja!
Não! Lá hão-de jazer no esquecimento
De deshonrada morte,
Emquanto, pelo tempo em pó desfeitos,
Não os dispersa o norte.
VII.
Quem, pois, consolará gementes sombras,
Que ondeiam juncto a mim?
Quem seu perdão da Patria implorar ousa,
Seu perdão de Elohim?
Eu, o christão, o trovador do exilio,
Contrario em guerra crua,
Mas que não sei verter o fel da affronta
Sobre uma ossada nua.