Oh mar, que vais quebrando
Rolo após rolo pela praia fria,
E fremes som de paz consoladora,
Dormente murmurando
Na caverna maritima sombria,
Em ti minha alma a eterna cruz adora.

Oh lua silenciosa,
Que em perpetuo volver, seguindo a terra,
Esparzes tua luz ameigadora
Pela serra formosa,
E pelos lagos que em seu seio encerra,
Em ti minha alma a eterna cruz adora.


Debalde o servo ingrato
No pó te derribou
E os restos te insultou,
Oh veneranda cruz:

Embora eu te não veja
Neste ermo pedestal;
És sancta, és immortal;
Tu és a minha luz!