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O solitario piedoso
Da cabana então saíu,
E ao conde, com brando gesto,
Taes palavras dirigiu:
―«Senhor, deixa teus intentos,
E o sacro asylo venera:
A creatura ao céu se queixa;
Delle teu castigo espera.
Aos bons avisos, oh conde,
Cede pela ultima vez;
Quando não, na perdição,
Certo, abysmado te vês.»–
Cuidadoso o da direita
Ao conde correu então:
Cortezes eram seus dictos,
Cortezes e de razão.
Mas o da esquerda atiçando
Nelle o animo damnado,
Do bom apesar do aviso,
Ai, do mau foi enganado!
–«Perdição?! Disso me rio,
Não cuideis que eu tenha susto.
No terceiro céu que fôra
Me escapára o cervo a custo.