E busca, alli deitando-se, ampara-lo
Do frio norte.
Antes que os membros lhe entorpeça o somno,
Mil tentativas para erguer a campa
Inuteis faz:
Depois comsigo diz, como hontem disse,
―Quando acordar, por certo, ha-de chamar-me.»
E dorme em paz.
Mas, na alta noite, em sonhos vê trincheiras,
E seu dono entre as balas encontradas
Cahir ferido:
E ouve-o que o chama com sibillo usado;
E ergue-se e corre após uma van sombra,
Dando um bramido.
É alli que elle espera horas e horas,
E saudoso murmura: alli pranteia,
E morrerá.
O seu nome qual é? Todos o ignoram.
O que o sabía, o dono seu querido,
Nunca o dirá!..
Tu que passas, descobre-te! Além dorme
O forte que morreu.
Dá ao martyr do Louvre algumas flores,
E esmola ao seu lebreu.
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