Ignota, por lá busca; e quando as eras
Vierem juncto ás cinzas collocar-lhe
Tardios louros, que escondera a inveja,
Elle não erguerá a mão mirrada,
Para os cingir na regelada fronte.
Justiça, gloria, amor, saudade, tudo,
Ao pé da sepultura, é som perdido
De harpa eolia esquecida em brenha ou selva:
O despertar um pae, que saboreia
Entre os braços da morte o extremo somno,
Já não é dado ao filial suspiro;
Em vão o amante, alli, da amada sua
De rosas sobre a c’roa debruçado,
Réga de amargo pranto as murchas flores
E a fria pedra: a pedra é sempre fria,
E para sempre as flores se murcharam.


XI.


Bello ermo! eu hei-de amar-te, emquanto esta alma,
Aspirando o futuro além da vida
E um halito dos ceus, gemer atada
Á columna do exilio, a que se chama
Em lingua vil e mentirosa o mundo.