No seio do Creador a vida do homem
Estava ainda guardada:
Ainda então do mundo os fundamentos
Na mente se escondiam
De Jehovah, e os astros fulgurantes
Nos céus não se volviam.
Eis o Tempo, o Universo, o Movimento
Das mãos sólta o Senhor:
Surge o sol, banha a terra, e desabrocha
Sua primeira flor:
Sobre o invisivel eixo range o globo:
O vento o bosque ondeia:
Retumba ao longe o mar: da vida a força
A natureza anceia!
Quem, dignamente, oh Deus, ha-de louvar-te,
Ou cantar teu poder?
Quem dirá de Teu braço as maravilhas,
Fonte de todo o ser,
No dia da creação; quando os thesouros
Da neve amontoaste;
Quando da terra nos mais fundos valles
As aguas encerraste?!