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Da Cantareira o Fox, Rodovalho,
O potente Praxista, a grão Ramalho,
O redondilho Dutra, o Valladão,
O Campos Mello, ferrado ao Gavião,
O Rubino imponente, afradalhado,
De arrojante fallar, alatinado,
Bondes, carros, carroças, tropelias,
Dos frades as famosas fanforrias,
O rispido Souzismo, a Padraria,
Do Poncio enfarruscado a bizarria,
Os Pachecos valentes, Prados fortes,
E outros felisardos pelas sortes,
Em tremendos artigos, e de fundo,
Cantando espalharei por todo mundo.

Nem tam pouco esquecidos ficarão
O famoso banqueiro Gavião,
O Rogério de Salles—Malachias—,
Que só traga melão feito em fatias,
Que juro, com ardor de Dom Gigadas,
Em columnas guindal-os de almofadas;
D' America dourada, o tal logista,
Que tem caza ao quebrar da Boa-vista,
E da fronteira o Paço, que é barbeiro,
Metido entre o Cafè e o Padeiro;
O Momo curioso o—Militão,
"Senhor de gran tesoura e rebecão“;
O Bernard, de chapéo de para-raios
O Torres, resador de mil rosarios;
O Garraux, meditando além da pança
As tricas de Bismark sobre a França,
E as coleras do povo, em toda parte,
Contra a pêrra familia Bonaparte;
O Furtado, o Elias da Policia,
O Chaves, resador, por ter malicia,
Do Norte o Grão-Pachà—Padre Lauterio,
O Faria— Barão do Cemiterio,
O Sor Lins, de catana e de armadura,
Que dizem não mandar quinhão ao Cura,