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VICENTE DE CARVALHO

«Ai, balanços do meu galho,
«Balanços do berço meu ;
«Ai, claras gottas de orvalho
«Cahidas do azul do céu!... »

Chorava a flor, e gemia,
Branca, branca de terror,
E a fonte sonora e fria,
Rolava, levando a flor.

«Adeus, sombra das ramadas,
«Cantigas do rouxinol;
«Ai, festa das madrugadas,
«Doçuras do pôr do sol;

«Caricia das brisas leves
«Que abrem rasgões de luar...
«Fonte, fonte, não me leves,
« Não me leves para o mar!...»




As correntezas da vida
E os restos do meu amor
Resvalam numa descida
Como a da fonte e da flor...