os dias na rede. Subi a vê-lo, uma noite, justamente na véspera do grande dia. Encontrei-o deitado, fumando, os olhos semicerrados.

– Eh! vaqueiro velho... Então que é isso?!

– Estou derrubado, patrãozinho.

– Mas que diabo tem você?

– Moléstia má, patrãozinho; parece que desta feita vou mesmo.

– Ora qual...

– Eu é que sei como me sinto, patrãozinho. Se até o pito me faz nojo...

– Pois eu preparei uma surpresa que te vai fazer mais bem do que todas as mezinhas de mãe Tude. Quem está aí fora? adivinha...

– Ah! patrãozinho, alguma alma boa. Quem há de ser?!

– Raimundinho.

O velho sacudiu-se novamente na rede e, voltando-se para a porta com um sorriso, perguntou:

– E onde está esse negro que não entra?

– Boa noite à gente da casa! Disse da porta o cafuzo.

– Entra, negro!

O cafuzo, um codoense de fama, atravessou o limiar da porta:

– Então, tio Firmo, a febre pode mais, hein?!

– Sim porque eu não vi quando ela entrou... quando não! Então, negro, que é que vamos fazendo?...

– Vim fazer a minha festa. Dizem que vão queimar fogaréus no Curral Novo.

– Como vai Noca?

– Boa.