— Oh! já está bom? perguntou-lhe Ricardo.

— Ora, senhor; para bem dizer, não tinha moléstia; andava banzeiro; mas a moça me trouxe felicidade. Depois daquele dia em que ela ralhou comigo, o senhor bem viu, não há mãos a medir. É peixe tanto, que a rede quase não aguenta.

— Está bom; estimo muito!

Depois de algumas palavras trocadas com a velha, o pescador despediu-se:

— Adeus, sinhá dona. Ainda vou levar este peixe à casa do comendador, o pai da moça. Bom freguês!

Este fato deixou alguma impressão no espírito de Ricardo, que lembrou-se da cena a que assistira domingo passado. Haverá criaturas abençoadas, que tenham o dom de comunicar aos outros sua influência propícia? pensou o moço.

Tendo a presença do pescador despertado a lembrança de Guida, Ricardo contou a Fábio o seu encontro pela manhã e o incidente da flor.