— Bem, creio que sempre tomamos a praça de assalto! exclamou Fábio.

— Não abandonas tua ideia!

— Ora, se fosse comigo o encontro desta manhã, agora estaria eu almoçando em casa do Soares.

— E de que te servia isto?

— De quê?... É bom que o dinheiro vá-se acostumando conosco, e o meio é chegarmo-nos àqueles que o têm.

— Receio ao contrário que nossa pobreza o importune, indo procurá-lo no meio do luxo.

A discussão prolongou-se. Os dois amigos ainda estavam empenhados nela quando chegou o Daniel com a incumbência que sabemos. Ricardo, a princípio surpreso pelo convite que não esperava, não hesitou na resposta que o português transmitiu a Guida. Fábio tomando o amigo de parte instou com ele para aceitar a fineza do capitalista; mas nada obteve.

— Decididamente, assim não iremos para diante; é desenganar, disse Fábio muito contrariado.