E já empalidecem só co'o sopro
Longe do inverno, como reis de um dia,
O fido amante espera
A retardia amada.
Meditabundo aqui passeia o sábio,
E inspirações recebe;
Aqui o velho ao sol as cãs aquece;
E vê correr o infante após seu arco,
Inquieto e afanado,
Como após a Fortuna corre o adulto.
Aqui sobre esta pedra solitário
O cândido Filinto repousava,
Chorando a Pátria, que lhe fora ingrata,
E, malgrado a injustiça, amando-a sempre.
Co'os Mártires nas mãos, n'alma a poesia,
Aqui ao Luso idioma
Imortal monumento ergueu glorioso,
Que ao lado dos Lusíadas sublimes,
Parelhas correrá co'a eternidade.
Que imenso é o Universo! que infinito!
E tu, Senhor, tu só num volver de olhos