Tudo vês, tudo alcanças!
Como é este lugar tão limitado!
Entretanto o que o seu recinto abrange
Meus olhos não distinguem.
Esta coluna d'água impetuosa,
Que compelida esguicha, e no ar se curva
Pelo vento açoutada,
De um lado e de outro lado vacilante,
Como um branco penacho aos ares solto,
E de poeira em forma
Cai, e tranqüila jaz no largo tanque;
Representa, oh mortal, a história tua!
Assim humilde nasces,
Da terra assim te elevas arrojado,
Assim te agita das paixões a fúria,
Assim pendes, e em pó no comum fosso
Descansas, té que soe a voz terrível
Do Arcanjo do Senhor, no eterno dia.
Desde que no horizonte o sol fulgura,
Té que a Noite, e o silêncio se anunciam,
Ondas de homens sobre ondas incessantes