Coberta de poeira,
E a sacode no rosto da Ciência,
Ou no alcáçar da lei se assenta ufana;
A Moral a seus pés serve de sólio,
De cúpula o capricho.
Tudo está profanado!
A cívica coroa
Dá-se à ambição, que sobe intumescida
Como a onda do mar, e tudo alaga.
Exauriram-se os nomes das virtudes,
E um só não há que ao crime se não desse.
Os lugares são prêmios da baixeza,
Da feia adulação, da vil intriga!
O hino cantam da vitória; e a Pátria
Geme aflita co'o peso da ignorância
Dos homens, cuja estrela é o egoísmo;
E até a lira, para mor opróbrio,
Vendidos sons só verte!
Tudo está profanado!
Como posso louvar-te, ilustre Veiga,