Santuário da honra foragida?
Que nome te darei? que flor? que incenso?
Como o bronze que soa em torre excelsa,
Chamando a Deus os homens,
Tu bradaste, pregaste o amor da Pátria;
A teus brados os homens surdos foram,
E tu enrouqueceste.
Apóstolo da ordem,
Caíste, enfim caíste! — Mas com glória!
Caíste, mas sem nódoa! Sim, caíste!
Mas Sócrates também sofreu a morte!
Qual se vê nas cidades arrasadas,
O templo solitário, esparsos bustos,
Rotas colunas, capitéis dispersos,
Combros de terra, montes de ruínas;
E no meio, inda envolta de poeira,
Uma estátua, que o tempo respeitara,
E que os olhos atrai do peregrino;
Assim te eu vejo em pé! e assim um dia
A geração futura, pesquisando
No meio das relíquias desta idade