Não verei mais teu Louvre apinhado
De maravilhas tantas! Teus colégios,
Onde vozes troavam sapientes!
Ainda a mente me pinta os de Sorbonne
Vastos anfiteatros coroados
De atenta juventude! — Tudo deixo...
Ah! deixo ainda mais, deixo um amigo,
Que raros são, e que tão poucos tenho!
Sabes com que pesar te deixo, oh Sales! [1]
Companheiro da infância; às portas, juntos,
Da Ciência batemos; ela ouviu-te,
Abriu-te, e franqueou-te os seus tesouros.
Ainda jovem, da Pátria és já um astro,
Que no seu horizonte alto rutila;
Eu mísero, fosfórico meteoro
Sem nome vago. — E morrerei sem nome?
E tu, pintor dos brasilenses bosques,
Tu, que em quadros multíplices ao mundo
Nossos costumes eloqüente mostras; [2]