Quando tu pausas, gemebundo o vento
Vai também entre os lúgubres ciprestes
Teus últimos acentos murmurando.
Nas cavas sepulcrais som lutuoso
De tua voz reboa.
Dirias que animados por teu canto,
Os mirrados cadáveres se elevam
Do fundo dos jazigos,
E sobre as lousas curvos,
Cantam num coro o místico estribilho.
Sobre o bronco alcantil de alpestre fraga
Pelos tufões batida, e pelas ondas,
Que incessantes se entonam,
Tu, sentada, qual virgem
Do naufrágio escapada,
O mar contemplas, do infinito imagem;
E depois para Deus erguendo os olhos,
Teus olhos como dois fanais acesos,
Que dos céus co'as estrelas rivalizam,
E ao viajante ao longe o escolho indicam;
Ao compasso das vagas gemebundas,