De pálidas estrelas semeado;
Quando dos gelos, que alcantis coroam,
Vê a enchente rolar em cataratas,
Por cem partes abrindo largo leito,
Fragas, e pinheirais desmoronando;
Quando vê as cidades enterradas
A seus pés na planície, e negros pontos
Aqui, e ali, moverem-se sem ordem,
Como abelhas em torno da colmeia;
O homem então se abate; um suor frio,
Que o suor que o moribundo côa,
Rega-lhe o corpo extático; sua alma,
Como um subtil vapor, que o lírio exala,
Ferido pelo raio matutino,
Da terra se levanta; e o corpo algente
Qual um combro de pó morto parece...
Ela está no infinito! — Então lhe troa
Uma voz, como o eco das cavernas,
Quando os ventos nos ares se debatem;
Como um ronco do Oceano repelido
Por estável penedo; como um grito
Das entranhas da terra, quando acesas
De sua profundez lavas borbotam;