Existe este Universo, existe o homem,
Porque de todo o Ser tu és a origem.
Aqui, para louvar teu santo Nome,
É fraco o peito humano, é fraca a língua,
É fraca a voz, que titubante hesita
Tão alto remontar, e no ar perder-se,
Antes que de astro em astro repetida,
De um céu a outro céu, de um Anjo a outro,
Vá retinir, Senhor, em teus ouvidos,
Como discorde som de rota lira.
Alva nuvem, que toucas este monte,
Desce um pouco, e recebe-me em teu dorso;
Asinha ala-me ao céu; na etérea plaga,
Vendo o sol de mais perto, talvez possa,
Com sua luz benéfica animado,
Altíssono entoar um hino excelso,
Digno de Jeová, que eterno escuta
Dos angélicos coros a harmonia.
Abre-te, oh céu azul, que a mortais olhos
A mansão do Senhor zeloso ocultas!
Abre-te, og céu azul; deixa minha alma