Saciar-se co'a luz da Sião santa.
Sobe, meu pensamento, voa, rompe
Os turbilhões dos Querubins, e Tronos,
Mais belos que mil sóis, mais coruscantes,
Que em vórtice perene estão ladeando
Do Eterno Padre o luminoso sólio.
Oh arrojado pensamento humano,
Por mais que em teu socorro os astros chames,
Por mais que sua luz o sol te empreste,
Seu ouro a terra, o céu a imensidade,
Os rios a corrente, os campos flores,
Suas asas o raio, os sons a lira,
E a noite seu mistério, alfim se tudo
Invocado por ti, a ti se unisse,
Não puderas ainda em teus transportes
Os louvores tecer do Onipotente!
Mas, oh Deus, que missão tens confiado
A este fraco ser, que sobre a terra
Entre os mais seres como um rei se ostenta,
E único para ti erguendo os olhos,
Parece teu rival? Missão augusta