Inata idéia só do Eterno herdastes,
Deus em vós a gravou; verace é ela.
Erguei os olhos vossos,
E cravai-os no céu, oh Mocidade!
Vede o astro da eclíptica,
Que girando no centro do Universo,
A terra vivifica,
A terra que vos nutre, opaca mole
Que por ele de luz se adorna, e esmalta?
Em torno ao sol em perenal cadência
Outros astros satélites gravitam,
Sem deslizar das órbitas traçadas
Pelo compasso eterno!
Eis o físico mundo,
Emblema de outro, mais sublime ainda,
Cujo Sol sempiterno enche o Universo.
Vossa alma é um satélite desse Astro,
E sem a sua luz ela não fulge;
Similhante ao planeta que vos nutre,
Que na ausência do sol morto negreja.
Mas deste Astro, que excede à mortal vista,
Sabeis acaso o Nome?