“Para nós foram sendo atribuídas algumas atividades operacionais no projeto da urna. Eu fui o responsável pela parte de produção da urna. O Nakaya, com toda a estratégia dele, era responsável pela logística e o Catsumi, pela parte de desenvolvimento de software e de segurança. Cada um foi assumindo uma coisa”, explica Antonio Esio.
Mesmo divididos por áreas, nenhuma decisão, por mais técnica que fosse, era uma decisão unilateral. Todos colaboravam, opinavam e decidiam.
Além disso, essas decisões também eram submetidas à Corte.
“Até decisões técnicas, encaminhávamos ao secretário e ele enviava ao Ministro, que colocava na agenda da Corte.
Praticamente, todas as decisões tomadas, em termos de concepção da urna, foram decisões da Corte.
Então perguntei: por que as decisões são levadas à Corte? E ele [o secretário] me respondeu: porque o que a Corte decide, um juiz, isoladamente, não desfaz,” relata Catsumi.
Se por um lado, encaminhar toda e qualquer decisão para a Corte ajudava, dando perenidade ao veredito, por outro lado, colocava a equipe em situação delicada.
Uma das decisões tomadas pela corte era de que o