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O grupo de trabalho criou o protótipo da urna eletrônica e elaborou o edital de licitação, que foi concluída em 14 de março de 1996, homologada a adjudicação da vencedora em 19 do mesmo mês.

Por que o voto informatizado?

É que, registrei -- e os que vivenciaram as eleições anteriores a 1996 certamente se lembram --, campeava, nas apurações com cédulas de papel, o “mapismo”, fraude abominável que “elegia” e “deselegia” candidatos, o aproveitamento, mediante fraude, de votos em branco, e a falsificação de cédulas, dentre outras mazelas. Ocorreu, nas eleições de 1994, no Rio de Janeiro, extensa fraude. E recursos, alegações de fraude, impugnações, eternizavam as apurações efetuadas manualmente, tumultuando a vida política e econômica do país. Era preciso, portanto, que a Justiça Eleitoral se engajasse na revolução dos computadores(o que, aliás, já vinha ocorrendo), informatizando o voto, com o afastamento da mão humana das apurações.

As urnas eletrônicas, que não estão sujeitas à ação dos hackers, porque não estão “online”, são auditáveis antes, durante e depois das eleições. Elas vêm sendo utilizadas há 25 anos, sem qualquer evidência ou indício de fraude.

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