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Ainda em 1989, os Tribunais Regionais Eleitorais foram interligados, mediante canal de voz e dados, a um computador central instalado no Tribunal Superior Eleitoral. A recepção das informações foi realizada através de um microcomputador, modelo 386, com apenas 16 megas de memória. Cinco anos depois, em 1994, o TSE realizou o processamento eletrônico do resultado das eleições gerais de 1989.

Essa foi a primeira vez que o TSE realizou o processamento eletrônico do resultado de eleições com recursos computacionais da própria Justiça Eleitoral.

No meu biênio, montamos a infraestrutura necessária para que se pudesse pensar em votação eletrônica, que foi a criação da rede nacional da Justiça Eleitoral”, contou o Ministro José Paulo Sepúlveda Pertence, no programa Memórias da Democracia, produzido pelo Tribunal Superior Eleitoral.

O Ministro recorda que essa rede nacional da Justiça Eleitoral permitia transmitir, a alguns centros regionais, as apurações de cada município. “Tanto que, ainda antes da urna eletrônica, dado o trabalho da rede, a eleição presidencial de 1994, já às 10h, 11h da noite, nos permitia anunciar o candidato eleito, que tinha alcançado a maioria absoluta”, lembra.

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