Da informatização dos tribunais às urnas eletrônicas, foi um longo processo. Alguns tribunais regionais realizaram testes com o Personal Computer - PC, com o objetivo de informatizar a coleta de votos. Avaliaram que o computador não seria um mecanismo seguro o suficiente para ser adotado em todo o país, e esse modelo foi descartado.
O ponta pé fundamental para retomar a trilha da informatização do voto foi dado pelo Ministro Carlos Mário da Silva Velloso.
O Ministro Velloso conta que, em 1994, quando ainda era vice-presidente do TSE, após uma partida de tênis, teve sua primeira conversa com Paulo César Bhering Camarão, seu parceiro nos jogos de final de semana e reconhecido especialista em informática, sobre o que hoje conhecemos por urna eletrônica. Nas memórias do Ministro, foi esse o diálogo:
Ministro Velloso: Camarão, seria possível informatizarmos o voto?
Paulo Camarão: Ministro, com os computadores tudo se pode fazer, quando se trabalha cientificamente.
MV: Que tal se a gente pensasse em informatizar o voto no Brasil?
PC: Acho que seria uma boa ideia.