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pesquisa para conhecer o que outros países já haviam desenvolvido. Representantes do TSE também ajudaram nessa tarefa, buscando equipamentos e levando para o Grupo de Trabalho examinar.

Não conseguiram encontrar nenhum equipamento que satisfizesse a necessidade brasileira. Assim, o grupo optou por desenhar seu próprio equipamento, algo único, diferente, e que atendesse completamente o relatório elaborado pela Comissão de 'Notáveis'.

Nada do que constava no relatório poderia estar fora do contexto técnico do coletor de votos”, afirmou Catsumi.

Assim que começaram a pensar numa possível concepção para o Coletor Eletrônico de Votos, veio o primeiro problema: “se a pessoa não souber escrever, como vai digitar?”

Em 1995, a taxa de analfabetismo no Brasil, para a população com mais de 15 anos, era de 14,7%, segundo as estatísticas do IBGE. Como poderiam criar um equipamento capaz de ser utilizado também por essa grande parcela da população?

Pediram um estudo de campo para pessoas especializadas. Solicitaram que fosse traçado o perfil do nosso eleitor, todas as dificuldades e todas as facilidades. Queriam o máximo de

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