mau espírito que a possuía. Sentaram-na. Parecia dormir, lívida, desfigurada, com o suor a escorrer-lhe ao longo das faces.
— Como te chamas? interrogou o apóstolo.
— Não sei! rugiu abafadamente a inspirada.
— Queres guardar segredo; pois seja feita a tua vontade. Dize-nos ao menos, se na existência que deixaste foste homem ou mulher?
— Mulher!
— E conheceste a irmã em que te encarnaste?
A mocinha acenou afirmativamente com a cabeça, arfando.
— Tinhas com ela alguma ligação de parentesco?
— Não.
— De amizade?
— Sim.
— E por que a fazes sofrer tanto?
— Ela não sofre.
No mesmo instante, porém, com outro arranco, rolou por terra escabujando e rugindo. O assombro tocara o auge em toda a saía - ninguém ousava aproximar-se da infeliz vítima da possessão maligna. Foi o apóstolo quem se adiantou solícito, levantando-a carinhosamente e obrigando-a a sentar-se.
— Descansa... descansa um pouco. Há, talvez, aqui alguém cuja presença não te é agradável.
— Sim! - exclamou a mocinha, atirando um murro à mesa.
— Quem é?