o na rua, disse-lhe como a senhora está, falei de Felícia e ele imediatamente ofereceu a sua companheira para vir ficar aqui uns dias. Vamos que eu não arranje uma criada, quem há de cuidar da senhora, tratar da casa? Eu não posso, não havemos de pedir aos vizinhos. Felícia está como a senhora vê. Aceitei o oferecimento e a moça ficou de vir à noitinha. E agora que hei de eu dizer?
— Que tipo é?
— É uma pardinha. Vive com ele como se fosse casada. A senhora há de gostar dela.
— E cômodo? Onde vai dormir essa moça? Tem o quarto de Violante, mas cama, o mais?
— Eu cedo-lhe o meu quarto, é por dias. Armo a rede no quarto de Violante e está pronto. O que eu não quero é que a senhora fique aqui assim, com uma doida que nem para lhe trazer um copo d'água serve. Tudo se há de arranjar. Hoje, por exemplo, a senhora não imagina como andei na cidade, com um ror de coisas a fazer. Deixei tudo e vim para casa, a correr, com medo.
— Medo de quê?
— De quê? de Felícia. Assim, estando aqui uma pessoa de confiança, não me incomodo.
— E conheces bem essa moça?
— Conheço.
— E séria?
— Então, mamãe!