Deixa o homem acabar o serviço. Temos uma combinaçãozinha. - E, voltando-se para o carroceiro, que deixara a gaiola a um canto: Pronto?
— Sim, senhor.
— Ajustaste? perguntou à Ritinha.
Ela disse-lhe o preço. Pagou, fechou a porta e tornou ao sofá sentando-se muito chegado à mulata que parecia examinar a sala, escura àquela hora da tarde.
— Ouve, eu falei à mamãe: disse-lhe que vinhas a mandado do Mamede. Tendo-lhe eu dito que ela estava sem uma pessoa de confiança em casa, ele fez questão de que viesses para tratá-la. Dormes no meu quarto, eu vou lá para dentro... Isto é só nas primeiras dias, já se vê; depois... fica por minha conta. - E beijou-a. - Agora vamos lá, quero apresentar-te á velha. Hás de gostar dela.
Ritinha estava receosa, e, no sofá, retorcendo o lenço, parecia meditar.
— Anda!
— Olhe lá! Veja bem o que vai fazer...!
— Não tenhas medo. Deixa de tolice. Mamãe está doente, não se levanta. Anda.
— Se ela me disser alguma coisa eu volto, vou-me embora. Isso tão certo...
— Ora... Vamos.
A mulata levantou-se e foram juntos pelo corredor escuro. Paulo acendeu o gás na sala de jantar e, chegando à porta da quarto, anunciou:
— Mamãe, está aqui a moça de que lhe falei. Ela pode entrar? A velha desculpou-se: