UBIRAJARA
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trouxe no seio fecundo a alma do grande guerreiro.

«Seu braço é como o corisco do céo e a sua força como a tempestade que desce das nuvens».

Calou-se Pojucan e Jaguarê continuou o seu canto de guerra:

«Quando a sombra começava a descer da crista da montanha, Pojucan e Jaguarê caminharam um contra o outro.

«Toda a noite combateram. O sol nascendo veiu achai-os ainda na peleja, como os deixára: nem vencidos, nem vencedores.

«Conheceram que eram os dois maiores guerreiros, na fortaleza do corpo e na destreza das armas.

«Mas nenhum consentia que houvesse na terra outro guerreiro igual; pois ambos queriam ser o primeiro.

«Foi então que o chefe tocantim ganhou na corrida a lança de duas pontas, que Jaguarê havia fabricado.

«Três vezes seu punho robusto a brandiu e três vezes ella escapou-lhe da mão, como a serpente das garras do gavião.