Longos dias Cristóvão errou pelos caminhos – até que uma tarde chegou ao sopé de uma montanha, cujas rochas o Sol poente cobria de cor-de-rosa. Um homem, com um hábito de frade, um longo capuz de onde saía uma braba branca, subia lentamente os córregos alcantilados, gemendo, sob um molho de lenha. Cristóvão pedira ao velho para carregar ele a lenha. O frade, receando um demônio, traçou no ar uma cruz, e como Cristóvão repetisse sobre o peito as linhas santas, o frade consentiu que ele tirasse o molho dos ombros. E limpando o suor com a manga esfarrapada do hábito enquanto caminhava ao lado de Cristóvão, perguntou-lhe se ele fugira dos homens que o mostravam numa feira: e como Cristóvão dissesse que vinha da cidade, de além, o