delicada, escondendo com os braços o peito nu, e sorrindo fragilmente.
Mas quando as seduções não bastavam, os demônios, furiosos, tentavam o terror. Então eram serpentes pavorosas, surgindo de entre as rochas; vastas asas moles e fétidas que, com um golpe, derrubavam; figuras colossais, listradas de branco e negro, que brandiam forquilhas, vertendo uma baba de fogo. Os gritos dos ermitas atroavam a serra; as buzinas ressoavam; uma furiosa rajada de orações subia para as nuvens; as correias das disciplinas voavam no ar, com gotas de sangue: - e, espantados pela grandeza da penitência, os demônios cediam, abalavam, limpando o suor, esfalfados.
Uma grande piedade enchia então o coração de Cristóvão. Por que sofriam assim aqueles homens bons, que encanastravam as vergas, caminhavam com a face baixa, não faziam nenhuma ofensa e só pertenciam ao Céu? O seu desejo era ajudá-los, rechaçar ele só, com a sua grande força, as turbas negras do Inferno. Então, ao menor apelo da buzina, corria para o lado do ermita atacado. Arquejando, com os imensos punhos fechados de santa cólera, avançava na escuridão. Mas onde estava o Demônio? Ele via o santo ermita recuar com pavor, via o escuro lugar para onde ele estendia a cruz, como uma lança... Mas se se arremessava para lá, os seus braços vingadores