só encontravam a noite negra. Quantas vezes ele encontrava o ermita, que tremia todo, e murmurava: “Oh, como é branca, e doce à vista, e cheia nas suas formas!...” Cristóvão compreendia: era decerto uma mulher, a temida Mulher, que arqueava os braços, descobria o peito... Para a empolgar, a esganar, ele quase rastejava no chão, colhendo o hábito. Mas as suas mãos indignadas só agarravam o tojo, os musgos de uma pedra fria. Então ele próprio clamava para os demônios: “Vinde para mim, vinde para mim!” E, arrancando um tronco, atirava tremendos golpes, ou arrancando uma imensa lasca às penedias, arremessava-a através da noite. Os troncos batiam contra os troncos; as rochas, com estridor, quebravam sobre as rochas. E diante dele, nada havia, senão a montanha; Pois era impossível que ele nunca ferisse um dos demônios inumeráveis, que ali vinham de noite? Ia então, mal clareava a madrugada, procurar, com a cabeça baixa, as pegadas dos diabos fugidos, algum chifre que lhes tivesse partido, ou sobre a terra chamuscada alguma gota do sangue maldito. Encontrava apenas as violetas lustrosas de orvalho. E então recolhia à sombra dos seus robles, bocejando com lentidão.
Pelas festas do ano, o povo da aldeia subia à montanha, vinha visitar os ermitas. Uns, doentes, aflitos com males, amparados pelos