gritou: “É o gigante que servia Roldão!” Em roda os cavaleiros riram com respeito. E subitamente o pequeno fidalgo, sentado sobre os joelhos da velha, pediu, com um lindo mimo, para ter ele também um gigante, que o seguisse, com uma clava. A velha sorria. E, sem hesitar, deu ordem aos cavaleiros para que trouxessem Cristóvão. Com um gesto foi mandado marchar ao lado das bagagens. E de novo os guizos dos machos tilintaram, e a comitiva seguia lentamente. O Sol descera. Os escudeiros acenderam os archotes. E a cada instante, de entre as cortinas da liteira, aparecia a cabeça loura da criança que espreitava, queria ver se vinha o seu gigante. E Cristóvão soube, pelos estribeiros, que aqueles eram os senhores do castelo de Riba Dona, que ficava para além das lagoas.
Bem depressa, no alto de uma colina, entre os grandes bosques que desciam para o vale, surgiram as altas torres. Na mais alta ardia uma chama, que se torcia ao vento. Longas buzinas soaram. E à entrada da ponte levadiça, apareceram tochas inumeráveis, que os escudeiros erguiam alto.
O intendente, o senescal, dois frades com hábito, outros cavaleiros esperavam no pátio. Nas janelas ogivais brilhavam claridades. E o sino da capela repicava alegremente. Um escudeiro, cuja barba branca caía sobre um corpete