de couro branco, recebeu nos braços a criança loura, que as damas cortejavam, mergulhando nas suas longas saias de cauda, orladas de peles. Um tapete fora desenrolado sobre a vasta escadaria. Os cães latiam alegremente. E sob a grande porta, que sustentava um escudo de armas, uma camareira esperava, com um jarro de prata na mão, enquanto outras ao lado tinham uma bacia que rebrilhava, e uma branca toalha fina. A cauda enorme da velha que levava a criança pela mão, desapareceu sob o alto portão. Os estribeiros levavam os cavalos à rédea, outros recolhiam as lanças. E os cavaleiros, cujas esporas retiniam sobre os lajedos do pátio, contavam ao intendente e ao padre como a jornada fora boa, com a ajuda do Senhor, sem encontro de touros, nem de lobisomens.
Mas, no entanto, todos os criados cercaram Cristóvão, com espanto. Ele torcia o seu barrete nas mãos, humildemente. Os pajens riam da sua grenha hirsuta, da imensidade dos seus pés cheios de terra. Os mesmos cozinheiros tinham corrido, para o admirar. Os cães, assustados, latiam.
Mas um pajem veio correndo chamar Cristóvão à sala de armas: - e através de um corredor abobadado, por onde ele tinha de caminhar todo vergado, e de portas de carvalho que mal podia passar, levou-o a uma sala que era grande