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mãos no chão, e batia-lhe nas costas, estendia-lhe pedaços de carne, que ele comia com ruído para o divertir mais.

Outras vezes, à noite, um pajem vinha buscar Cristóvão às cozinhas, e entrava na grande sala, onde ardia uma fogueira na chaminé. Sentada na sua cadeira, a avó tinha um livro de horas aberto nos joelhos, com o menino ao lado. Defronte a mãe fazia tapeçaria. E um trovador, ao pé, sentado num escabelo, contava um longo romance de cavalaria e de amor. Era sempre um paladino de armas negras, uma dama encerrada nalguma alta torre, um gigante guardando a porta de um castelo encantado. O menino exclamava:

— Também eu tenho um gigante!

E fazia então erguer Cristóvão, que parecia monstruoso, com os grossos joelhos vivamente alumiados pela chama dos trocos ardendo, a cabeça quase perdida na sombra das altas vigas. O frade erguia as pálpebras dormentes; a dama ficava com a longa agulha suspensa sobre a tapeçaria; e todos, olhando Cristóvão, sentiam mais real e viva a longa história de fadas e cavaleiros. Depois os escudeiros serviam bolos secos, e as grandes canecas do hipocraz.

Assim os dias tranqüilos passavam no castelo tranqüilo. O vigia, invariavelmente, ao anunciar, com um longo toque de buzina, o nascer