Todas as manhãs marchavam através de terras, duramente. Era o velho que os guiava – e Cristóvão, em silêncio, caminhava ao seu lado, com a sua barra de ferro ao ombro. Atrás era a longa fila dos maltrapilhos em farrapos, com velhas cotas de armas, cuja malha se desfazia, morriões amolgados, onde alguns tinham espetado plumas, as pernas nuas, as mãos erguendo foices, chuços, fueiros. As mulheres vinham depois, umas com filhos magros pendurados das saias, outras trazendo os mais pequeninos ao colo, e as mais velhas vergando sob fardos, onde se tinha reunido o que restava nas arcas, algum escasso alqueire de pão, uma almotolia de azeite, um pedaço de carne salgada; e atrás ainda era outra fila de homens, velhos, pastores com o seu cajado e o seu molosso,