ceifeiros erguendo ao alto a foice, servos fugidos, mendigos, longas filas de miseráveis que de esfomeados não podiam marchar depressa, e deixavam uma longa nuvem de poeira, que ficava suspensa no ar.
Pelo começo da tarde, guiados pelo velho, acharam-se subitamente, depois de terem costeado um pinheiral, diante de um castelo que duas torres flanqueavam: e nesse momento, vinha saindo da ponte levadiça, a cavalo, um Senhor de longas brabas brancas, sem armas; ao seu lado, montada numa hacanéia branca, uma aia sustentava no colo uma menina, e atrás seguiam quatro escudeiros armados de lanças. Ao ver subitamente aquela turba que avançava, o Senhor estacou, um dos escudeiros tocou desesperadamente a buzina, enquanto outros toques respondiam sobre as ameias. E, voltando a égua, a aia galopou para dentro do castelo. Já as muralhas se cobriam de soldados. Mas o Senhor, desarmado, fixara, sem se mover, os seus olhos de águia sobre a turba imensa de maltrapilhos, que numa fila, sobre o caminho tortuoso, soltava grandes gritos de ataque, brandindo os ferros. Então Cristóvão, com um grande gesto de sua barra de ferro deteve a turba que parou. E, arrojando a barra, avançou só com os braços abertos para o Senhor, imóvel no seu grande corcel. Toda a muralha em cima estava coberta de arqueiros, de homens de