onde se cruzavam as pregas de um manto branco, surgir entre as ramas dos pinheiros, ao longe, vir para ele encostado a uma vara branca. Os seus passos eram tão leves, tão leve decerto o linho do seu vestido, que as papoulas não se dobravam, quando ele sobre elas passava, ligeiro e branco. E na penumbra dos arvoredos, um sulco branco ficava, por onde ele passava, com um aroma tão doce como se desabrochassem naquela terra flores que não são da terra. Pouco a pouco se aproximou: - e Cristóvão podia ver os seus olhos pousados sobre ele, como duas estrelas da tarde. Docemente ajoelhou ao lado de Cristóvão, pousando o seu bastão tão levemente que nem vergou as pontas finas das ervas. Com os dedos mais macios que veludo, percorreu as feridas de Cristóvão, que sentia as dores desaparecerem e como uma força nova que lhe voltava. Depois rasgou uma tira do seu manto, pousou-a sobre as feridas,a da perna, a do peito; e aquela tira de linho parecia a Cristóvão leve como o ar e perfumada como um jasmim. Depois, apanhando os eu bastão branco, em silêncio, partiu, penetrou no bosque, e pouco a pouco se perdeu entre os troncos negros, que um momento conservaram como a claridade daquela passagem branca. Os pássaros recomeçaram a cantar. De novo as ramagens se moveram brandamente. Então Cristóvão moveu os braços – depois ergueu o seu imenso