havia. Cristóvão não sabia. E então disseram-lhe que aquele era um caminho curto e fácil que havia naquelas terras. Mas tinha aquela passagem lá, o rio tumultuoso. Outrora houvera ali uma ponte de barcas amarradas com correntes. Mas o rio quebrara as correntes, levara as barcas, como palhas secas. Depois tinham lançado uma ponte de madeira e o rio outra vez levara a ponte. No entanto o Senhor daquelas terra morrera, e tendo elas passado a um outro que vivia nas cidades, ninguém mais se ocupara de fazer uma ponte aos viandantes. E agora ali estavam eles, sem poderem passar, e as mulheres e os filhos esperavam-nos, debalde, nas suas moradas para além dos montes.
Cristóvão, no entanto, olhava a águia. E em silêncio mergulhou no rio, e começou a atravessá-lo. A água cobriu seus joelhos, subiu até a à cintura, por fim bateu furiosamente sobre o seu peito, como sobre o pilar de uma ponte. E Cristóvão caminhava. Depois a cinta de Cristóvão saiu da água, depois apareceram os seus joelhos, e a escorrer, ele pôs pé, enfim, nas rochas duras da outra margem, onde um caminho íngreme subia entre as fragas. Cristóvão passara o rio.
Voltou, e abrindo os braços para os mercadores espantados, gritou:
— Quem quer passar?