O seu crescer foi então igual e são, como o de uma flor, que, em terra bem regada e sob a fiel carícia do sol, desabrocha com esplendor. Nenhum dos males que Mestre Porcalho receava, carregando o sobrolho agoirento, veio interromper a sua florescência – e todos os dentes lhe nasceram, sem uma dor ou uma lágrima. A sua fala era tão doce, e graciosa, que a todos fazia sorrir de ternura, como o cantar de um pássaro, nas ramarias. A brancura ebúrnea da sua pele nem parecia pertencer a um corpo mortal: e, em todo ele, a inteligência resplandecia mais visivelmente do que uma luz por trás de um vidro. Uma curiosidade inquieta, insaciável, constantemente o levava, correndo, e espalhando o brilho dos seus olhos negros, através da velha morada senhorial. Não havia já na torre de Ermigues,