não vira um olhar humano pousar-se nele, nem uma voz humana tinha alegrado o seu coração.
Quase esquecera os homens: e no seu espírito simples apenas muito confusamente restava a memória dos casais, dos lugares e das crianças rindo atrás da sebe. Os seus dias passava-os imóvel, olhando: por vezes movia um braço com a lentidão de um ramo sacudido da aragem: e quando os trovões estalavam, erguia um instante a face para o céu; depois, recaía na sua imobilidade.
Um dia, porém, sentiu tilintar guizos, e vozes que falavam. E por trás de umas rochas surgiu uma fileira de mulas carregadas que homens armados conduziam. Como a noite descia, os homens pararam numa clareira: daí a pouco ardia um fogo claro, tapetes juncavam o chão, e os homens sentados em roda, passavam de mão em mão um pichel de vinho. Cristóvão toda a noite, de entre a floresta, os espreitou: - e uma curiosidade infinita tomava-o de ouvir de perto as suas falas, beber do pichel, aquecer-se do fogo claro. Se eles quisessem , ele conduziria alguns dos fardos.
Um estranho, singular impulso o levara a querer bem àqueles homens – e toda a noite rondou para que as feras não atacassem o rancho.
De manhã, eles enrolaram os tapetes: a longa fila de machos desceu a encosta, e os guizos