virando as folhas duras, encontravam o mesmo ser, que ele reconhecia por seu aro de estrelas, já homem, envolto numa túnica, passeando à beira de um lago: e não cessava mais de aparecer, pondo a suas mãos sobre os entrevados, estendendo os braços para as crianças, desatando as ligaduras dos mortos, consolando as multidões. Montado num burro, penetrava as portas de uma cidade, entre o povo que o aclamava movendo folhas de palma; sentado sob um sicômoro, ouvia duas mulheres, que fiavam a seus pés; de joelhos, entre oliveiras, orava sobre um monte; preso em meio de soldados, com tochas, comparecia ante um juiz que erguia o dedo, pensando.
E Cristóvão sentia uma ansiedade de compreender, quando viu diante de si os dois noivos com os braços enlaçados, que sorriam. Surpreendido, Cristóvão fechou o livro. E como Etelvina, vendo a sua larga face perturbada e cheia de piedade, lhe perguntava se ele amava o Senhor, Cristóvão moveu a cabeça, sem compreender. Pois quê? Ele não conhecia o Senhor e não amava a sua doçura? Tão grande escuridão naquela alma encheu-a de piedade: e um escrúpulo rosou-lhe as faces, pensando que, enquanto ela se ocupava de amar, alguém, ao pé dela, vivia sem conhecer o Senhor. E então, para que bem merecessem Jesus, e para recompensar a proteção de Cristóvão, ela