sobem a colina: cravam com grandes pregos as suas mãos sobre o madeiro; cravam no madeiro os seus pés com grandes pregos... E da água com que ele secava a sede das multidões pede, sem que ninguém o escute, um trago que mate a sua sede. Os homens maus atiravam pedras à sua cruz. E todo o mal era feito Àquele que não fizera senão bem!
E então um grande suspiro abalou o vasto peito de Cristóvão, e, na solidão do bosque, gritou:
— Oh! Por que não estava eu lá com os meus braços!
Os dois bem-amados estavam de pé diante dele, e o homem enorme chorava. Chorava pela morte d’Aquele que conhecera tão tarde. Chorava por todos os que, morto ele, perdiam o amigo melhor dos homens. – Mas por que o mataram? por que o mataram? E Cristóvão, deixando os dois desceu a colina, chorando.
A noite caía no vale. Um vento triste vergava os canaviais. E Cristóvão seguia e chorava. Os seus vastos pés empurravam as rochas como seixos. O seu ombro, ao passar, quebrava os ramos tenros. Oh! se ele estivesse então no monte escuro onde o prenderam! O seu braço sacudiria, como ervas secas, as espadas reluzentes. Tomaria sobre o seu ombro o Mestre adorável. Fugiria com ele para a paz dos campos; e como um cão fiel, junto aos seus passos, defenderia