Rodrigues de Freitas, etc., etc. O que se quer dizer, é que, como corpo constituído, sentada nas suas cadeiras, com o seu presidente, a sua campainha, o seu copo de água com açúcar, e os seus contínuos — a Câmara tem a falta absoluta de qualidades que a ilustrariam, e a abundância de defeitos que a desonram.

A Câmara não tem princípios. É monárquica, e corta a lista civil, dando toda a latitude ao Rei na política, mas reduzindo-lha no orçamento. É católica, e mostra-se hostil à defesa do poder temporal, o que, por uma dedução lógica, é mostrar-se simpática à condenação do catolicismo. Dá, alternadamente, maioria a todos os partidos.

E só serve as ambições de chefes, que a exploram e que a desprezam.

A Câmara não tem ideias. Diante de um país desorganizado de um extremo ao outro, que faz? Discute a questão das ostras. Não apresenta uma lei, um regulamento, uma reforma, um projecto. Durante um mês inteiro discute se o Sr. Soares Franco deve ter o comando da Armada, ou se o não deve ter. O ministro declara que sim — «porque o comando da Armada é de tradição de três séculos». Este princípio do Governo, logi-camente entendido, obriga o ministério a levantar a forca, reconstruir os conventos, ressuscitar Afonso Henriques,