ir imediatamente descobrir outra vez o caminho da índia

— e ficar sempre a descobri-lo!

A Câmara não tem justiça. Se alguma coisa decide, na sua pequenina área de alterações pequeninas, não é no terreno da justiça pública, é no do interesse político.

Quem ignora os exemplos? A sua enumeração fatigaria Homero.

A Câmara não tem consciência. O seu critério, a sua moral, é a intriga. A intriga política, a intriga partidária. A maioria apoiava o sr. marquês de Ávila; a maioria abandona-o. Porquê? Era ontem apto, é hoje inepto? É que o sr. marquês de Ávila se nega à discussão do orçamento. Nesse caso para que lhe dão a lei de meios até Julho? É um imbróglio conduzido por uma intriga. Acham-no tão impróprio que se afastam dele, mas dão-lhe o poder por mais dois meses.

A Câmara não tem patriotismo. É necessário prová-lo? Que lhe importa a ela o

País, a sua organização, o seu progresso? Que faz por ele? Com que instituições o dota?

Que melhoramentos lhe dá? Que interesse tem pela instrução, pela indústria, pela agricultura? A Câmara intriga e vocifera! De resto é um baralho de cartas com que chefes hábeis fazem uma partida de voltarete. E o País é quem leva os codilhos.

A Câmara não tem independência. Vede as ameaças